quinta-feira, agosto 27, 2009

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To encerrando as atividades até segundas ordens, minhas mesmo. Até daqui algum tempo.
:'(

quinta-feira, agosto 20, 2009

O saaaco!

Se eu tivesse saco pra aguentar, alguma coisa, sinceramente eu seria sacudo pra caralho...
To cansado, to com gripe (não é a suina), sem emprego, sem grana...
AHHHHHHHHHHHHHHHH SACOOOOOOOOOOOOO!!!
E eu to ouvindo Mukeka di Rato.
Num sei o que isso tem haver, mas beleza.
E não para de aparecer uma janela do windows pendido pra reiniciar o sistema.
Maldição de Microsoft do caralho.
Pro inferno!

quarta-feira, agosto 19, 2009

PUNKS VENHAM LUTAR!

Texto que achei na cmi brasil, e achei foda... E precisava postar aqui.

PUNKS VENHAM LUTAR!

O título deste artigo começa por revelar num som dos Ratos de porão (periferia 82, um ótimo material clássico do punk Brasil 80)um certo anseio do meio punk, de forma mais coerente ou não, mais confusa ou não ,mais sistematizada ou não, de inserir os jovens do proletariado numa luta.

PUNKS VENHAM LUTAR!
[Breve reflexão sobre o meio ?anarco?punk no Brasil]

O título deste artigo começa por revelar num som dos Ratos de porão (periferia 82, um ótimo material clássico do punk Brasil 80)um certo anseio do meio punk, de forma mais coerente ou não, mais confusa ou não ,mais sistematizada ou não, de inserir os jovens do proletariado numa luta. Essa intencionalidade, no entanto, deu margem a uma grande confusão quanto a natureza, a característica, desta luta.

É conhecida a existência de uma organização ganguista na juventude urbana, se leve em conta aqui em particular a de São Paulo, e de como após a metade da década de oitenta o chamado ?movimento? punk entra em declínio com as guerras de gangs. Coloco este fato aqui para refletir sobre o tipo de orientação que esta luta mencionada acima tomava: uma luta fracionista, quer dizer, que divide, fraciona, setores da mesma classe. Seria toda essa juventude oriunda da mesma condição a de serem despossuídos de meios de produção e por isso sujeitos a exploração... Esta batalha dentro do meio proletário ganhou visibilidade crítica com a letra ?Guerreiros suburbanos? da banda Kaos 64:

?Não, não, não é fácil não
sobreviver nesse mundo
de corrupção
com tanto gente nadando em grana
sugada da classe suburbana

CLASSE SUBURBANA

Enquanto isso a classe suburbana
se destrói nas ruas
e ainda vão em cana.
Explorados, desorientados,
vão se acabanado se transformando
em guerreiros suburbanos
GUERREIROS SUBURBANOS?

A letra é interessante justamente por identificar uma realidade onde uma classe, a ?classe suburbana? que combina um corte de classe com uma identidade comunitária dos bairros operários, é explorada por ricos e onde a juventude ?perdida e desorientada? se perde em lutas internas. Assim se observa a configuração de um guerreiro suburbano, seu destino é a guerra com seu próprio igual, aquele que na prática está na mesma condição de despossuído, e seu fim é ir ?se acabando?. Desta forma, a música é uma narrativa real do que aconteceu e acontece no meio urbano: aqueles que poderia ser ?lutadores classistas? se tornam ?guerreiros suburbanos? onde a guerra é um objetivo em si mesma, mesmo que seja travada contra o seus próprios iguais.

Constatada o que chamei aqui de ?luta fracionista?, levando em conta uma interpretação possível desta letra, pode ser dito que o chamado ?movimento anarco punk? surgido em fins da década de oitenta no Brasil tentava apontar para uma associação distinta e um outro tipo de luta, esta ligada à classe trabalhadora. Pode ser observada uma busca a ?valores libertários? que tentavam estabelecer certa crítica, necessária em vários termos, a preconceitos como o sexismo, homofobia etc. A questão fracionista reaparece se levarmos em conta produções que se destacaram neste nicho punk, como Execradores no já clássico disco ?Cenas anarco punks vol.1? e no velho petardo em k7 denominado ?Ideologicamente perigosos?, organizado pelo Coletivo altruísta, na música
?Por que morrer??:

?Gangues por todos os lados Pela ordem do Estado Jovens contra jovens e não contra
Regionalistas idiotas O Estado a sorrir /seus irmãos?
O anarquismo deturpado Por que morrer? Brigas no movimento
Só vejo gente morta Por que morrer? 2X Não sabemos como agir
O sistema é culpado Lute e sobreviva Liberte-se destas gangues
Com isto ele só ganha Lute e sobreviva Parte para a ação
Usa jovens como soldados Sua luta é contra o Estado


O tema da violência divisionista aparece novamente acompanhado de uma uma direção classista: o verdadeiro inimigo seria o Estado. Esta letra tem um conteúdo de classe por perceber o monopólio da violência no exército e o papel que cumpre a luta fracionista na classe trabalhadora: a divide para impedir o verdadeiro combate contra o Estado, este a serviço da classe dominante. Assim, o irmãos tem outra tarefa que não a de se atacar digladiar em gangues, esta letra tem um recado emancipatório que mesmo que precário, como toda boa e simples música punk, consegue deixar claro seu objetivo.

Ao que parece até aqui o ?Anarco-punk? dá um novo conteúdo ao punk no Brasil por enfatizar esta politização, o que não significa que esta não existisse na produções punks anteriores conscientemente ou não ( podemos dar aqui centenas de músicas do punk Brasil 80' com um conteúdo claramente político e classista). Mas, o novo aqui colocado é uma direção classista que estabelece crítica a elementos internos ao próprio meio punk como o ganguismo já mencionado, machismo homofobia etc. Como já dizia a banda Execradores em sua música ?Igualdade?: ?Homens e mulheres, seremos todos iguais?.

A influência classista não termina por aí possuindo também com letras de clara exaltação da figura do operário, do trabalhador, como gerador de toda a riqueza do mundo. Uma clara tentativa de refazer a identidade e a auto-estima dos setores explorados:

?Grande, bravo e destemido Trabalha sempre trabalha Vamos levantar nossas cabeças
Tens força e fervor Não existe recompensa Fazer valer o nosso esforço
Pilar de toda a comunidade Só míseros trocados Expulsar totalmente os patrões
Quem reconhece seu valor? Oh! maldita, maldita diferença. E tomar conta do que é nosso.?

[Incentivo aos operários, retirado também do K7 split ?ideologicamente perigosos?]


Essa identificação imediata com o proletariado, mesmo que não seja expressa nestes termos, chegava a ter lampejos revolucionários de ruptura com o sistema burguês, ou a ?pirâmide? como usa a banda Metropolixo em sua letra genial chamada ?Nova Organização? :

?(...) o rico acima, só parasita (...)Pela nova organização
o pobre abaixo, sustenta o rico Destrua a pirâmide
obedece os caprichos da burguesia pelo bem comum
sendo esmagado a cada dia Lute pela transformação
Aja, não seja
não seja mais um?

No entanto, todo este nicho cultural ?anarco-punk? que teve na gênese de sua difusão nacional a constituição dos conhecidos MAPs (núcleos locais ou regionais do ?Movimento anarco punk?) sofreu um claro declínio após a metade da década de noventa e hoje se apresenta em seu limite terminal no que se refere a produção de caráter classista. Teria este nicho involuido ou retrocedido de consciência? Ou simplesmente caído na sina anterior do divisionismo interna dos culturas proletárias urbanas?

É necessário dizer que apesar de intencionalidade transformadora do meio ?anarco-punk? este constituiu ao longo de seu declínio uma capa muito conveniente para encobrir os vícios autoritaristas de ontem sob um novo conteúdo. Ao que tudo indica ele teria se tornado um meio tão autoritário ou até mais do que aquele que se criticava na sua produção. Como se teria chegado a isso? Por quê? Perguntas que devem ser respondidas.

Haveria já na génese do ?anarco-punk? um grande equívoco em termos da proposta em si. A perspectiva de agremiação de jovens em torno de um corte cultural punk e de um outro, político, anarquista não foi ou é muito eficiente para mudança social efetiva, uma temática recorrente em letras e produções culturais como já foi visto.

Outro claro elemento é de que apesar do esforço legítimo de muitos dos primeiros ?anarco-punks? e socializar bibliotecas e grupos de estudo o debate do anarquismo se perdeu por completo como eixo de atuação política em vista de um mitificante e, assim eu diria, paralisante culturalismo. O foco da luta de classes foi absurdamente perdido em virtude de diversas rodeios, ilusões e doenças da pós-modernidade: ?não existem mais classes?, ?anti-trabalho?, ?primitivismo?, ?respiratorianismo? etc são alguns exemplos destas balelas que na verdade são sintomas da ideologia burguesa num mundo ocidental que se depara com sua finitude após o fracasso racionalista e iluminista do pós-guerra e do dito ?socialismo real?.

Vale colocar aqui que quando falo de um ?culturalismo? paralisante me refiro a uma tendência unilateral de analisar a realidade por um prisma cultural, deixando de lado a realidade económica e outras importantes esferas. Ao que tudo indica esse é um dos elementos da pós-modernidade, tendência refletida também no mundo intelectual em sintonia com o Banco Mundial e FMI1 para a educação dos países capitalistas dependentes onde a origem de seus problemas sociais não está na exploração imperialista imanente ao capitalismo, mas sim nas raízes culturais das opressões: como indígenas, negros, mulheres, homossexuais etc. Como se a classe não abrangesse estas esferas e a classe não possuísse uma etnia, género e orientação sexual. De todo modo, este deslocamento puramente economicista e equivocado na perspectiva de classe tem como efeito acobertar a real exploração dos trabalhadores e do aparelho ideológico que tenta pulverizar não só a identidade de classe como também os trabalhadores os dividindo, seriam eles agora ?indivíduos? buscando festivamente por sua liberdade.

Feito este esclarecimento fica patente um ideologia burguesa que aprisiona as mentes dos trabalhadores, e dos punks também por conseguinte... Agora que fique claro o meio punk é essencialmente cultural, uma cultura proletária. Porém, é por isso mesmo que não pode surgir daí um paradigma transformador para a sociedade, ou uma orientação revolucionária: este é resultante dos esforço do conjunto da classe trabalhadora em suas lutas concretas e a associção ao trabalho ideológico de um partido revolucionário, e não somente dos punks- um setor de jovens do proletariado que gosta de sons ,estéticas, rolés, textos, arte etc.

É justamente por esta concepção de punk colocada aqui que retomo a reflexão sobre o dito ?meio anarcopunk?. Cabe perceber que os antigos lampejos classistas, e a aproximação revolucionária em alguns pontos, não poderia sobreviver na redoma purista em que este meio cultural se colocou. Ao se criar uma ?teologia punk? o ?meio anarco punk? parece ter cristalizado um mito fundador e falsificando sua história de tal forma que tornou impossível debater criticamente o que seria esta cultura punk ou de onde haveria surgido. O texto ?30 anos de omissões e mentiras sobre o punk? é sintomático deste exemplo. Ele teria surgido por conta de um evento denominado ?30 anos de punk? que reduzia a um eventismo artístico filmográfico, logicamente o espaço do evento patrocinado pelo governo Lula e pelo Banco do do Brasil não poderia comportar uma crítica social mais ampla do que unicamente esta da exibição filmográfica como foi visto no debate.

O mais curioso é que o texto é envolto justamente na intencionalidade de desmistificar e mesmo assim consegue erigir um novo mito:

?Esporadicamente, verificamos os mais variados grupos e indivíduos articulando eventos referentes a supostos aniversários do movimento punk(...) gerando um ?confusionismo? e criando um mito fundador.(...)O papel dos Pistol$, de todo modo, tem sido
mistificado durante anos, baseado numa inversão de valores e numa falsificação histórica.(...)Contudo, paralelamente à comercialização e a falta de maturidade política dos ?punks do mainstream de 77?, desenvolveu-se uma cena punk que não esteve na grande mídia (e nunca fez questão de estar) e talvez por isso tenha ficado tão conhecida. As remotas origens do ?PEACE PUNK? remetem mo final dos anos 60, quando Penny Rimbaude Geee Sus, na época envolvidos com o movimento hippie, mudaram-se para uma fazenda na cidade de Essex, no interior da Inglaterra, fundando uma casa aberta/comunidade chamada ?Dial House?. Desde então o espaço torna-se um centro anarco-pacifista e atividades culturais, artísticas e políticas. Anos mais tarde, em setenta e sete, unem-se com outros indivíduos com as mesmas necessidades de mudança formando o CRASS, mais que uma banda, uma comunidade pronta para subverter a ordem.?





Esta perspectiva pode ser colocada em contraste tendo em vista o aspecto unilateral e purista do qual esta ?história? da gênese do punk parte. Podo em contraste com o próprio romance o ?O último dos hippies? revela-se um equívoco na elaboração do texto quanto a motivação da cultura punk nos membros da futura banda crass:

?Esperávamos que através de uma demonstração prática de paz e amor, poderíamos pintar o mundo cinzento em cores novas; é estranho que ele tenha levado um homem chamado Hope [Esperança], o único hippy ?verdadeiro? com quem nós diretamente nos envolvemos criativamente, para mostrar para a gente que aquela particular forma de esperança era um sonho. (...)



Um ano depois da morte de Wally, os Pistols lançaram ?Anarquia no Reino Unido?, talvez eles na verdade não estivessem falando sério, mas para nós era um grito de guerra. Quando Rotten proclamou que não havia ?nenhum futuro?, nós vimos isto como um desafio à nossa criatividade ? sabíamos que havia um futuro se estivéssemos preparados para batalhar para tanto.

É o nosso mundo, é nosso e foi roubado de nós. Nós partimos atrás para pedi-lo de volta, somente por volta desta época eles não nos chamaram de ?hippies?, eles nos chamaram de ?punks?.?

[O último dos hippies: um românce histérico, Penny Rimbaud, Londres, Jan/Mar., 1982.]




Tomando esta expressão de um membros fundadores da banda, que inclusive citado no texto ?anarco?punk acima, nota-se o equívoco ao atribuir como gênese a experiência de Rimbaud e outros que viriam a formar a banda Crass como algo que seria ?punk? desde fins da década de 60. O Trecho é claro e mostra inclusive que a banda Sex Pistols influenciou de certo modo, mesmo que a contra ponto, a existência do grupo Crass revelando assim a verdadeira falsificação histórica que o texto ?anarco?punk vem a mascarar.

O que se observa é um conversão cultural do hippismo de 60 para o punk da década de 70: fenômeno que não é instantâneo nem previamente ?punk? em si, na história os fenômenos são dinâmicos e nunca inatos. Este grupo ou membros não inventaram o fenômeno cultural ?punk?. Foram mais um dos agentes que se encontraram na sua gênese. Acreditar que o punk teria surgido da cabeça de pessoas puras e bemintencionadas seria o mais puro idealismo anti-histórico.

Apesar do texto ter o mérito de resgatar este elemento pouco conhecido, como ele mesmo afirma, ele se cala diante de algumas contradições e cristaliza o mito fundador. Assim o meio ?anarco?punk teria um origem pura isenta de contradições na figura de punks que se separam do mundo real e repleto de contradições, buscando a solução se escondendo na sua fazenda comunitária. Esta descrição tem um elemento essencialmente reformista e escapista por não se deparar com a realidade dada nos termos de vida de um proletário comum, que tem que se deparar com o transporte urbano ,com o trabalho fabril, os sindicatos e em fim a vida numa sociedade de massas. Para os que desconhecem apesar de se afirmar ?anarquista? a banda crass possui uma música que secundariza a questão da classe, relegando à questão central a moral individual:

?Punk's the people's music and I don't care where they're from
black or white, punk or skin, there ain't no right or wrong
we're all just human beings, some of us rotten, some of us good
you can stuff your false divisions cos together I know we could
beat the system, beat it's rule
ain't got no class, I ain't a fool
beat the system, beat it's law
ain't got religion cos I know there's more
beat the system, beat its game
ain't got no colour we're all the same
people, people, not colour, class, or creed
don't destroy the people, destroy their power and their greed.?

O que nos leva ao próximo ponto que rende muitas polêmicas na atualidade que é o da cultural OI!, ou música OI! ,muito perseguida e difamada. Ao cristalizar como referência o vivencialismo purista do grupo Crass o meio ?anarco?punk parece ter definido este como um mito mágico de origem que se mostra quase teologal pela assimilação acrítica e dogmática dos seus membros. A implicação é justamente a aniquilação da diferença, do debate democrático e perseguição de toda interpretação de outros nichos culturais que se reivindicam punks e se vinculam a eles. No caso me refiro ao OI! que tem demonstrado crescer no Brasil por seus apreciadores.

Se for possível incluir uma tentativa de visualizar a gênese da cultura PUNK destacaria a conversão do hippismo de 60 com Crass, o meio ?mainstream? musical que de fato queria ser assimilado pelo mercado fonográfico, tal como a conhecida banda Ramones, e também incluiria o OI!. Acredito que este último traduz melhor a essência proletária da cultura punk que fez valer o termo ?street punk? para os seus membros por seu caráter rueiro e contava também com a interação de jovens Skinheads, que para além de toda a confusão nada teriam de fascistas de maneira inata.2


Esta constatação reafirma o que já foi dito mais acima sobre um retrocesso de consciência classista no meio ?anarco?punk do Brasil e o texto no qual afirma que ?a cultura skinhead não é compatível com o anarquismo? é também sintomático. Em meio as diversas intervenções desqualificadas e manipulativas destaca-se o ponto 4 onde afirma esta incompatibilidade por:

?4- Exaltação do proletariado enquanto classe permanente:

A perspectiva skinhead do trabalho é a da aceitação da alienação. O ?orgulho? de ser proletário é visto como um fim em si mesmo ,e não contém uma propostas de abolição de classes, se não mantê-las.

O anarquismo é uma ideologia que nasceu nas classes desfavorecidas
e por elas sempre viverá, até que deixe de existir. Essa é a diferença entre o anarquismo e o skinhead: enquanto um propõe a abolição das classes, o outro exalta uma classe específica (o proletariado) sem perspectiva de destruí-la.
Todo o skinhead é fundamentado na questão do proletariado, e essa obsessão inclui também os vícios e questões culturais nocivas (...)?
[texto da Orgap sobre a incompatibilidade da cultura skinhead com o anarquismo]

É evidente que na verdade o?meio anarcopunk? não possui a mínima clareza quanto ao anarquismo e nem mesmo a mínima formação política. Achar que jovens proletários comuns vão ter por si mesmos anseios de abolir as classes é puro idealismo barato, assim como condená-los por suas práticas sociais ?viciosas? como foi dito. É tudo uma questão de metodologia materialista: os jovens skinheads da época tinham tais práticas por que queriam e eram ?maus? ou tudo isso é um efeito estrutural de uma realidade maior do que eles mesmo, que os aliena e explora? A diferença entre a segunda e a primeira é o que distingue uma análise puramente moral da realidade de outra materialista.

Fica claro que a ?Orgap? não entende também o papel social do proletariado no projeto socialista (isso porque no momento nem estou considerando os setores do ?meio anarco punk que se dizem ?anti-trabalho? ou primitivistas) . Esta classe surge historicamente como revolucionária da fratura de uma frente unida contra os resquícios do antigo regime no século XIX onde a burguesia trai o proletariado querendo realizar revoluções unicamente políticas. Tendo claro a escravidão econômica resultante o proletariado começa a exercer uma prática política a parte ,separada, da burguesia para se emancipar esta é a gênese do socialismo revolucionário que tem no proletariado o agente emancipador universal. Não é errôneo daí se exaltar o proletariado e o aspecto de auto-estima constituído na cultura skinhead. Eles não são incompatíveis, pelo contrário são benéficos.

A este ponto vale lembrar : e quanto a letra ?Incentivo aos operários? da banda Execradores que possui uma clara exaltação do proletariado? Essa mudança de discurso revela também um mudança, no caso um retrocesso, que tem origem na prática e também de consciência. O abandono da classe trabalhadora como referência e apagamento final dos antigos lampejos revolucionários revelam estas constatações. Um exemplo para tomar a própria banda Execradores é o título de um dos materiais posteriores: ?Revolucionar o cotidiano. Cotidianizar a revolução!?. Quer dizer, a revolução passa a dar margem a uma compreensão confusa onde a revolução social é desnecessária pois já está sendo feita ?cotidianamente? nas práticas individuais de cada um. Este é um sintoma que mostra a desvinculação completa com o anarquismo por ser claramente individualista e escapista: a revolução é a guerra e um fenômeno de massas.

Por tudo que foi levantado se conclui que o dito meio ?anarco?punk primeiramente nada tem a ver com a ideologia e teoria revolucionária anarquista muito provavelmente um fruto amargo do culturalismo equivocado do hippismo e do maio de 68 que operaram um completo revisionismo, não sendo o único, do anarquismo que teve em sua sistematização mais orgânica no bakuninismo. Em segundo lugar, se observa um retrocesso de consciência classista e uma proposta confusa que estabelece cortes rígidos para sua efetivação, um cultural e outro ideológico ?anarquista?, o que impede ,apesar da ilusão de alguns, que esta seja um força revolucionária que tenha qualquer interferência concreta positiva na luta de classes. Em terceiro lugar, estabelece um mito fundador purista e isento de contradições no vivencialismo hippista do grupo Crass materializando um ?Teologia punk? que inviabiliza a compreensão crítica de sua histórica e o debate democrático perceptível em posturas sectárias. Este sectarismo não para aí e pode ser acompanhado nas diversas denúncias de perseguição chegando até mesmo a agressão física protagonizada por ?anarco?punks contra apreciadores do OI! no Brasil.

Assim o ?anarco?punk demostra ser um retrocesso e um atraso para a consciência dos trabalhadores tendo definitivamente abraçado o ganguismo. Seu destino nestes termos e uma possível extinção na medida que não atende mais aos que procuram um espaço que tenha identificação de classe. Mas nunca se sabe, as gangues vem e vão e seu fim é a morte física de seus integrantes.

Reafirmo aqui o objetivo o texto colocado no seu título que dizer os/as camaradas punks proletários: PUNKS VENHAM LUTAR!, abandonem a luta fracionista das gangues e abracem a luta emancipadora da nossa classe. Façamos de nosso meio um lugar de entendimento entre iguais, debate democrático, politização e diversão. O que conta é nossa condição como proletários no fim das contas o resto é uma questão de afinidade cultural.
[texto: Punk Navalha]

(momento descontração)

O que é um porco voando!?


Superman com gripe suína!!! Hehehe
Eu ri pra caraleo!!!!


Credits: Fuskiinha

segunda-feira, agosto 17, 2009

Feridas.

'-É, ao ser proferidas apenas algumas palavras podem causar sérias cicatrizes que nunca se fecharam, ou apenas um simples 'não' ou um 'é', pra conseguirem te deixar no chão, comendo terra e grama, desolado e só, desconsertado totalmente...
Ah, como eu sei! Entendo todas as dores, e não ache que é conversa, eu sei como são as dores emocionais...
E se não for forte, leva você à cometer grandes tolices.
-Um desabafo de milhares.

Até uma outra hora.

domingo, agosto 16, 2009

Garagem Rock - O 'evento' que não teve.

Como no ano passado, aqui na cidade Franca, há 400km da capital, São Paulo, era pra ter tido um show com a Pitty, show que na verdade era um golpe, o vagabundo tá solto alias.

Neste sábado dia 15 de agosto, estava marcado o Garagem Rock, com a tenda eletronica da Vision, mais outro evento 'cancelado' por falta de organização, som, bebidas?

NÃO, PICARETAGEM TOTAL.
MAIS OUTRO EVENTO-GOLPE, PRA ARRANCAR 10, 20, 30 REAIS DE PESSOAS, QUERENDO SE DIVERTIR COM MÚSICA, E ALGUNS, DROGAS E SEXO, NUMA CIDADE QUE NÃO HÁ NADA.



Bjossefodambandidos.
;*

quinta-feira, agosto 13, 2009






Pesadelo


Silêncio corrompido
Gritos desesperados
Alerta multiracial
Abusos,massacres
O drama humanitário
Marcas profundas de dor

Os assassinos livres no poder
O fascista imune as leis
Limpeza étnica
Fria e brutal
Terceiro mundo,violência real

Revolta,repúdio
Confronto,resistência
As vozes vão se multiplicar
Silêncio sombrio
O cárcere forçado

Tortura,intimidação
Sádico!!
Hipócrita!!
Covarde!!

Um inimigo real!!


Ação Direta, punk hardcore Old School que curto pra caralho!
Um pouco que mostra a realidade, tá ligado, na mais pura forma de expressão.

Beijosmeliga!
;*

quarta-feira, agosto 12, 2009

Sem idéias, people :/

Caralho, sem idéias pra postar hoje...
Assisti Anjos da Noite: A Rebelião achei legal pra caralho...
Enfim, boa noite à todos...
Preciso de dormir, e bastante!!!!

Até um post mais animado.
Bjosvãodormir!
;*

terça-feira, agosto 11, 2009

Raposa com cara de coelho.

É foda , tem gente ae, que na tua frente é um dooooce, nas costas é uma abelha... Cuzão pra caralho, vai se fude, cacete... Eeeeh, se quer me ver puto da vida, distribuindo pancada no ar, é só ir num moshpit comigo, aushauhsuhas, brinks. Vamo falar sério, crianças.
Exemplos, exemplos, exemplos!? Alguem, não?! Beleza vou dar o meu exemplo, não vou dar mais nada, putaria comigo não, carai...
Hãããã, digamos que você conhece aquela mina à tempos de colégio, tá ligado, ai ela pega e te dá mó conselhos, fala pra você fazer assim, assim e assado, que você é a melhor pessoa do mundo, que você é gentil com todo mundo, e que ela te ama tambem, e beleza...
PORRA, beleza você senti um orgulho imenso de ser truta duma mina firmeza dessa, você mal vira as costas, ela te alfineta pra caralho, mete a boca em você, diz absurdos de você, só falta falar que vai morrer de SIDA.
Ae filha da puta morre em depressão, to fudidamente irritado agora, caralho, vai dá pro capeta, desgraça AAAAAAHHHHHHHHHH...
Pessoas desse tipo, precisam de um solado no meio do cu, se mostrar a certinha num vale nada.
Vai toma no cu, porra!
E vai pro inferno, cacete!


Chutespravc.
Bjosmeliguemquemeuamo!
;*

segunda-feira, agosto 10, 2009

Alienação pela Mtv? Puff...

Por muito tempo fui daqueles adolescentes de 15 anos, se achando o PUNK'ZÃO com calça rasgada, all star rabiscado, com uma blusa com um 'A' de anarquia, e achando que tava chocando pelo visual e pelas palavras mal faladas, QUERENDO boicotar McDonalds, Coca-Cola, Rede Globo e a elite monopolista brasileira... E assumo que era ridículo querer TENTAR boicotar a elite, do que ia adiantar!? Absolutamente NADA, isso mesmo NADA... Aprendi que faço mais fazendo a MINHA PARTE, do que tentando mudar o pensamento dos outros, posso até hoje em dia dizer o que acho, mas não vou ficar tentando convencer milhares de pessoas que o McDonalds ferra com a saúde dos outros ou que a Coca-Cola financia a guerra, cada um acredita no que quer e quiser...
Mas o que me deixou abismado à um tempo atrás foi ouvir que a Mtv era a que alienava as pessoas, pessoas que viam os programas eram corrompidos, que os programas da Mtv eram baixos e de pouca cultura, que o Quinta Categoria, apresentado por Marcos Mion, Mionzinho e os Barbixas era ridículo, que os programas do João Gordo, apresentador e vocalista da banda Ratos de Porão, alem de ser um ridículo, que não sabia fazer um programa sem dizer um palavrão como vai toma no cu, vai se fude, seu filha da puta, pega na minha benga, caralho, eram uma bosta, e que o programa CQC da Band era um lixo com piadinhas idiotas... Mas falar que Pânico na TV é bom, mas não dar motivos é o cumulo do cumulo. Tá certo, disse parte de tudo que ouvi, agora vamos à minha retórica.
A Mtv, hoje, faz programas de comédia Stand-up como o Quinta Categoria, programas do Gordo que tem utilidade, como o Gordo à Bolonhesa, que ensinava a cozinhar, que muitas pessoas precisavam ver pra aprender algo e precisa xingar mesmo, mandar até a Hebe morre duma vez isso se chama anti-censura, o Mtv Lab, que passa clipes bons, novos e antigos, programas de esportes radicais como ooooooooooooo, putz esqueci... Ah, lembrei, Cliptomaniacs que eu acho foda pra caralho, ah mano eu AMO esportes de alto risco de vida, e é claro as vinhetas super bem produzidas, e o CQC, que muito pelo contrário de certo programinha chulo que passa no domingo, é muito bem apresentado e mostra quadros de pura utilidade publica, como o Proteste Já, é um programa que não precisa de mulher pelada rebolando pra ter audiência, ou um babaca se fudendo todo por uns desafiozinhos idiotas!!! O que realmente aliena as pessoas é esses programinhas como Pânico na Tv, novelas da Globo entres outras, nunca vi tanta merda junta, um falando Ronaldo, Cade o chinelo, e Rare baba... Querer se mostrar a(o) puritana(o), o(a) certinho(a), dizer que não xinga que é isso e aquilo, mas passa 2 minutos tá mandando alguém tomar no cu, e ainda dizer merda, falando sobre alienação, e indo pra buteco de elite filha da puta, pra rebolar o butão, ou catar a mulherada e encher a cara, pra bater o carro do papai e da mamãe depois e consequentemente ferir alguém...
Alienação é seguir a moda, ouvir as mesmas músicas que todos, usar a mesma roupa que todos, se drogar porque o outro usa, alienação é a pura realidade da mente fraca das pessoas, que não conseguem se diferenciar e fugir da influência ao redor...

Me lembro que escrevi uma vez no orkut Sou o ódio, a revolta, e o repúdio da classe dominante, e me disseram: Você se acha o diferente, é ridículo, larga de ser bobo e cresce! e no msn da pessoa tava escrito Fuck you, mothafucka e ouvindo Tati quebra-barraco, tire as conclusões, cada um que se ferre do jeito que quer.
Ah, e a vida não é festa pra se levada na brincadeira, o barato é sério e se não tomar cuidado se acaba no fundo do poço.

Meu nome é Alexandre e sou diferente de todos, não sou dentro dos padrões, isso que importa e sempre vai importar pra mim...

Até a próxima postada na blogada!!!
BeijosmeliganaOi!
;*
Obrigado Fuuuh, por tudo, tudo mesmo, de coração, lá do fundo! sz'

sexta-feira, agosto 07, 2009

Perfil de orkut...

O meu é lindo olha aqui.

Mimimi...
Sou o tipo do cara que sua mãe iria adorar e seu pai iria chamar de mentiroso!
Não bebo, não fumo, não curto drogas, pratico esporte pra caralho, e eu deveria cursar Educação Fisica, mas não vejo um certo, "BOM FUTURO" nisso, por isso cursarei Geografia, professor se fode, mas se diverti, meu irmão e minha véinha que o diga... Minha assinatura na vida é o straight edge, conheci o punk rock aos 7 anos, desde então to nesse role de som, aos 13 anos botei na cabeça que era um disco voador... tá certo, é brinks, aos 16 anos decidi que meu role era o sXe, "pois então, mete o pau na máquina, caraio!", como meu velho fala. Curto minha bike, mesmo não tando do jeito que eu quero, curto sair voando com ela por alguns barrancos, às vezes quando dava eu me jogava de penhascos e encostas, mas isso faz tempo, às vezes tambem eu as subo, que é divertido tambem, me meti num role de se jogar de lugares altos, no meio urbano, que consiste em pular tudo, virar acrobacias e dizer que é Parkour... Curto motos custom e hot rods, mas tenho uma biz que se chama Nega Jurema, e curto demais essa gordinha, tenho um capacete bunitinho tambem, ele é lindinho, cheio de adesivos, principalmente da VACAPRETA Records e da Miss Groupie haha...
Conheci a VACAPRETA Records, há alguns roles atrás, e inventei que eu iria tirar fotos, filmar e cuidar da parte cinematográfica do Estúdio, mesmo sabendo que grana memo que é bão, NÁÁÁÁDÁ, brinks Clebs, Gabs, faço por gosto essa parte, e tambem pra entrar em shows de graça uahsuahs, brinks, um dia rola um dé reau pra mim, e tá bão... E tambem ajudo as bandas da Vaca. =)
Finjo que ando de skate, mas sou péssimo, nem ando nada, e falo "skate na veia, e hardcore nos pé", na verdade eu toco xinforinfola, e penso que é skate hahaha...
Lembra que eu falei que tirava fotos pra Vacapreta? Então, em 2007, fundei a Minhoca Videos, que, quase igual a Vacapreta, só que para auxiliar os músicos da cena que quisessem gravar clipes (aqueles de prender papel, sabe?), e shows, assim que comprar umas filmadoras dá certo, por enquanto vo usando uma mitsuquinha ae e editando no Ms paint e no Windows "merda" maker...
Se me ver na rua, pode gritar, espernear, atirar pombos em mim, que alegremente vou retribuir a caricia... Perae, caricias como oi, olá, o koxinha, se vier com putaria, vai apanha carai...
E como o mano Cako diz, "vc ganha um Ades Banana", pra você que leu essa ladainha toda até aqui, ganha um Ades de cajamanga, é só me cobrar, se não tiver, reclama com o papa!

-Koxxxa/09'


Legal não!? Quando temos tempo às 2:18 da manhã. =]

Até a próxima, galere animade!
Bjosmeliganafita!
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